Governo do Amapá oferece sete variedades de soros para vítimas de animais peçonhentos

Distribuição é feita mensalmente pela SVS para todos os municípios do estado.

Os soros devem ser transportados e armazenados em uma temperatura entre +2 °C a +8 °C | Foto: Mônica Silva/GEA
Foto: Mônica Silva/GEA
Para o tratamento de pessoas vítimas de picadas por cobras, escorpiões, aranhas e outros animais peçonhentos, o Governo do Amapá disponibiliza, na rede pública de saúde, sete variedades de soros específicos para cada tipo de envenenamento.

O estado recebe do Ministério da Saúde (MS) uma cota mensal de sete tipos de soro e distribui o material para os 16 municípios. A administração é feita pela Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), através da Unidade de Controle de Zoonoses. As solicitações ocorrem por meio do Sistema de Informação de Insumos Estratégicos, que todas as prefeituras têm acesso.

“A distribuição dos soros é garantida pelo Governo do Estado e atualmente todos os municípios apresentam estrutura para armazenar e administrar os antivenenos em pacientes vítimas de animais peçonhentos, por isso recebem suas remessas”, detalhou a superintendente da SVS, Cláudia Monteiro.

Os soros devem ser transportados e armazenados em uma temperatura entre +2 °C a +8 °C, até o momento da aplicação no paciente. A exigência é feita pelo MS para garantir a eficácia dos antivenenos.No mês passado, o Bailique implantou o atendimento na região com tratamento específico para vítimas de picada de jararaca e recebeu 30 doses do soro antibotrópico, para garantir assistência na unidade de saúde local.

“Bailique antes não tinha energia 24 horas e isso impossibilitava que o distrito oferecesse tratamento imediato, as vítimas tinham que vir pra capital procurar atendimento” disse a responsável técnica da Rede de Frios Estadual, Andreza da Silva Sales.

Segundo dados do Sistema de Informações de Agravos do Ministério da Saúde, no Amapá, os municípios de Laranjal do Jari e Vitória do Jari são os que mais registram acidentes por aranhas. Em Porto Grande, Cutias e Calçoene os registros mais comuns são por escorpião. Os acidentes por picadas de cobras ocorrem em todo o estado. Quando indicados, os soros devem ser administrados em ambientes hospitalares e sob supervisão médica.

Soros disponíveis pelo estado:

  • Soro Antibotrópico (para o tratamento contra o veneno de jararaca)
  • Soro Antibotrópico Laquético (para o tratamento contra o veneno de jararaca e surucucu)
  • Soro Anticrotálico (para o tratamento contra o veneno de cascavel)
  • Soro Antielapídico (para o tratamento contra o veneno de cobra coral)
  • Soro Antiescorpiônico (para o tratamento contra o veneno de escorpião)
  • Soro Antilonômico (para o tratamento contra o veneno de lagarta)
  • Soro Antiaracnídico (para o tratamento contra o veneno aranha)

Animais peçonhentos

São aqueles que produzem peçonha (veneno) e têm condições naturais para injetá-la em presas ou predadores. Essa condição é dada naturalmente por meio de dentes modificados, aguilhão, ferrão, quelíceras, cerdas urticantes, nematocistos entre outros.

Os que mais causam acidentes são algumas espécies de serpentes; escorpiões; aranhas; lepidópteros (mariposas e suas larvas); himenópteros (abelhas, formigas e vespas); coleópteros (besouros); quilópodes (lacraias); peixes e cnidários (águas-vivas e caravelas).

 

Por: Mônica Silva
Fonte: GEA