O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Amapá (CIEVS/SVS-AP), apresentou, na quarta-feira, 5, o resultado de mais seis casos compatíveis com Síndrome de Haff no Amapá, totalizando oito casos notificados até o momento.
Também foram indicadas outras três suspeitas, que estão sendo investigadas pela Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá.
O aumento considerável se deu após rastreio realizado na rede hospitalar do município de Santana, onde as notificações têm sido realizadas. O rastreio apontou outros casos suspeitos e confirmados, após resultados compatíveis de exame de CPK, que avalia a urina coletada dos pacientes suspeitos para identificar a presença – ou não – da proteína que causa a síndrome.
Desta forma, atualmente o Amapá possui oito casos confirmados e três suspeitos. Todos os pacientes não apresentaram piora do quadro clínico, o que parece ser uma tendência nos casos registrados este ano.
“Os casos de síndrome de haff, ou urina preta, como são popularmente conhecidos, acabam se tornando esperados com o clima mais quente. Este ano, todos os casos que foram notificados até então tiveram ligação epidemiológica exclusivamente com o consumo do peixe pacu”, explica a gerente do Cievs Amapá, Solange Sacramento.
Síndrome de Haff
A Síndrome de Haff é uma patologia rara que apresenta sintomas como falta de ar, dor e rigidez muscular, dormência, e urina escurecida, semelhante a café – o que dá a doença o nome popular de doença da urina preta. Não há transmissão de pessoa para pessoa. O tratamento é feito com hidratação e acompanhamento do paciente.
No Amapá, a última vez que a síndrome havia sido notificada foi em outubro de 2021 e o consumo do peixe da espécie Pacu chegou a ser suspenso e liberado após três semanas sem novas notificações.
Fonte: GEA