Na manhã deste domingo (28), o Ministério Público Federal (MPF) reuniu-se com outros cinco órgãos para a formação de gabinete de gerenciamento de crise. A finalidade do grupo interinstitucional é esclarecer as circunstâncias da morte de um indígena ocorrida na Terra Indígena (TI) Wajãpi. Na oportunidade, a Polícia Federal informou que o efetivo enviado para a TI, na noite deste sábado, estaria se dirigindo ao local exato da ocorrência no início da tarde. Além do MPF e da PF, integram o grupo MP estadual, Secretaria de Justiça e da Segurança Pública do Amapá, Exército e a Fundação Nacional do Índio (Funai).
Na reunião, as autoridades policiais informaram que não é descartada nenhuma hipótese para o homicídio, tampouco se pode afirmar a autoria do crime, neste momento. A suposta presença de garimpeiros e de outros grupos na região está sendo investigada. A atuação conjunta vai permitir que as instituições trabalhem de forma integrada para evitar informações desencontradas. Cada órgão se dispôs a colaborar dentro das suas competências.
A morte da liderança indígena, sob circunstâncias ainda não esclarecidas, ocorreu na última segunda-feira (22). O corpo teria sido encontrado, no dia seguinte, em um rio da região. Pessoas que não pertencem a nenhuma etnia teriam sido vistas na área por indígenas. O MPF instaurou procedimentos para apurar as informações recebidas desde a noite da última sexta-feira (26).
Participaram da reunião no MPF, os procuradores da República Rodolfo Lopes e Joaquim Cabral, o superintendente da Polícia Federal Dorival Ranucci, o delegado da PF Victor Arruda, a procuradora-geral de Justiça Ivana Cei, o general do Exército Viana Filho, o secretário de segurança pública Coronel Carlos Souza e os representantes da Funai Joenes Guimarães e João Vilhena.
Fonte:MPF/AP