O Governo do Amapá anunciou nesta segunda-feira, 5, as medidas que adotará para colocar o Estado em alerta sobre a saída de frutas por causa da mosca-da-carambola. As medidas serão reforçadas por recomendação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), depois que duas cidades interioranas do Pará – Melgaço e Breves – registraram focos da espécie, há 15 dias.
“O Ministério da Agricultura expediu uma resolução proibindo o trânsito de frutas hospedeiras da mosca-da-carambola do Amapá, para o restante do Brasil”, explicou o superintendente federal de Agricultura no Amapá, Vitor Torres.
A proibição já existia através de uma portaria lançada em 1998. O superintende informou que o Estado já atua em um programa de erradicação da mosca, através do uso de armadilhas, as quais são vistoriadas a cada quinze dias. Essa estratégia mata a mosca no seu nascedouro.
São mais de 30 hospedeiros, mas o trabalho é focado principalmente em carambola, manga, goiaba, acerola e jambo, frutas que a mosca-da-carambola costuma usar como hospedeiro. Segundo o diretor-presidente da Agência de Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro), José Renato Ribeiro, essas ações já resultaram na redução de aproximadamente 60% da mosca no Estado.
Ações
Ribeiro informou que o Amapá irá reforçar as ações de vigilância em portos onde há grande fluxo de saída de cargas para fora do estado. “Iremos trabalhar com base nas informações que deveremos receber da Capitania dos Portos, sobre a movimentação de embarcações de grande, médio e pequeno porte, para que possamos direcionar as ações em cima dessas situações”, adiantou o diretor-presidente da Diagro.
As equipes de fiscalizações da Diagro deverão contar com apoio de órgãos da segurança pública. Além dos portos, as fiscalizações devem ser intensificadas em pontos estratégicos da Rodovia BR-156, próximo aos municípios de Tartarugalzinho e Laranjal do Jari, em veículos que transportam frutas do interior do Amapá. “No momento, o foco serão os portos de Macapá e Santana, assim como, nas ações de rotina que já existem”, complementou José Renato.
O trabalho será educativo com distribuição de folhetos informativos sobre a mosca-da-carambola. Porém, não está descartada a ação repressiva que consiste na apreensão dos produtos que apresentarem o risco. As ações devem iniciar a partir da próxima segunda-feira, 12.