Desde outubro do ano passado, o governo do Estado oferece um novo método de prevenção à contaminaçção pelo HIV. Trata-se do medicamento Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), destinado, especificadamente, para atender a população com maior risco de vulnerabilidade ao vírus, como homossexuais, profissionais do sexo, usuários de drogas, transgêneros e parceiros de pessoas que vivem com HIV.
Para ter acesso ao medicamento as pessoas devem procurar o Serviço de Assistência Especializada e Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA) e manifestar interesse. Na unidade elas serão atendidas pela equipe multiprofissional, onde primeiramente será realizado o teste rápido para HIV, sífilis e hepatite, e caso o resultado seja negativo, serão encaminhadas para o infectologista e psicólogo, para iniciar o uso diário do medicamento que vem em forma de comprimidos.
A coordenadora do SAE/CTA, Virgínia Moreira, destaca que atualmente 20 pessoas fazem uso do PrEP, porém, a expectativa é que esse número aumente, uma vez que a infecção por HIV vem crescendo gradativamente, principalmente entre adolescentes e jovens.
“Cerca de 3.400 pacientes fazem acompanhamento contínuo conosco; precisamos que a população com maior risco de vulnerabilidade saiba sobre o uso do PrEP, e assim, possa se prevenir. Porém, enfatizamos que o uso de preservativos nunca deve ser dispensado, pois o medicamento previne apenas o HIV e não as outras Infecções Sexualmente Transmissíveis”, enfatiza Virginia.
A administração do PrEP deve ser realizada uma vez ao dia e a disponibilização é feita pelo SAE/CTA a cada 30 dias. Após esse período o paciente deve dirigir-se até a unidade para realizar o teste rápido, e todos os procedimentos padrões para receber uma nova dosagem, caso o organismo dele esteja adaptado, receberá uma quantidade para 90 dias.
A diferença entre os medicamentos PrEP e PEP
Além da a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), existe a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que evita a contaminação após possível contato com o vírus HVI. Ele deve ser administrado no prazo máximo de 72 horas, ao longo de 28 dias. O medicamento é indicado para pessoas que se expuseram a situações de risco, como por exemplo, relações sexuais sem preservativo, abuso sexual, acidente de trabalho com instrumentos perfurantes ou materiais biológicos.
De acordo com Virginia, a função do PEP é evitar que o HIV consiga alcançar o sistema imunológico, instalar-se e reproduzir-se. “Após possível contaminação, a pessoa deve rapidamente procurar uma unidade hospitalar, para realizar o teste rápido, pois, quanto mais cedo ela puder fazer a utilização do PEP, maiores são as chances da infecção não se estabelecer no organismo”, frisa a coordenadora.
O medicamento é disponibilizado no SAE/CTA, localizada na Rua Jovino Dinoá, entre as Avenidas Duque de Caxias e FAB; nas unidades estaduais hospitalares como: Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), Hospital de Emergências (HE), Hospital da Mulher Mãe Luzia (Hmml); além das Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Congós, Zona Norte e Marabaixo.
Fonte: Portal GEA
