O plano de reflutuação do navio Anna Karoline III chega a uma nova etapa: a retirada das cargas. Esse serviço iniciou nesta quarta-feira, 1º. A expectativa da operação é colocar a embarcação na posição vertical.
Fora do rio, a embarcação passará por uma vistoria nos compartimentos onde tinham cargas, entre elas o porão. Entre os itens armazenados há toneladas de alimentos, bebidas e utensílios.
A retirada de cargas é fundamental para reduzir o peso do navio, uma vez que ele ainda está não está na posição vertical, o que não permite que a equipe de resgate tenha acesso a compartimentos que ainda estão em contato com a água.
A redução de peso permitirá que a equipe utilize bombonas para auxiliar na reflutuação. Com isso, a expectativa é alcançar a verticalização do navio. Através da amarração da estrutura com 10 cabos de aço a serem puxados por um guindaste.
Após todo esse processo, uma varredura será realizada nos compartimentos atualmente submersos, em busca de vítimas. Uma perícia também será realizada para a conclusão do inquérito do acidente.
Coordenada pelo Comitê de Gerenciamento de Crise do Estado, toda operação conta com o suporte do Corpo de Bombeiros, Marinha e das polícias Civil e Militar.
Serviço emergencial
Diante da omissão dos proprietários do Anna Karoline III, o Governo do Amapá realizou a contratação emergencial de uma empresa para a reflutuação do navio. O valor do contrato é de R$ 2,4 milhões. O Executivo irá pedir o ressarcimento na Justiça.